Segundo estudo realizado pela economista Janaína Feijó, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), as mulheres negras recebiam apenas 48% do que os homens brancos e amarelos ganhavam em média com o trabalho no primeiro trimestre deste ano.
Nesse sentido, profissionais homens e amarelos formam a camada com a maior remuneração, também à frente das mulheres brancas e amarelas e dos homens negros.
A diferença salarial ilustra a desigualdade racial e de gênero, mesmo que, no primeiro trimestre de 2023, o rendimento médio dos trabalhos das mulheres negras tenha sido estimado em R$ 1.948,00, valor que representa uma alta de 2,6% em relação aos três meses anteriores. O estudo foi construído a partir dos dados da Pnad Contínua, de 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da melhoria no quadro, as profissionais brasileiras continuam tendo de provar o seu valor para serem reconhecidas e, consequentemente, terem um salário mais adequado.
A realidade das mulheres negras no mercado de trabalho
Além das dificuldades econômicas que enfrentam todos os dias, as mulheres negras sofrem com a discriminação e o racismo, que afetam a sua saúde mental.
De acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas, entre janeiro e março, das 49 milhões de mulheres negras em idade para trabalhar, apenas metade estava inserida no mercado de trabalho, ou seja, 51,2%. Dessa maneira, para sobreviver, as trabalhadoras atuam na informalidade, principalmente como vendedoras ambulantes.
Mesmo diante deste cenário negativo, elas não desistem, o que mostra a importância das empresas desenvolverem políticas que acolham e garantam a qualidade de vida das mulheres negras.
Igualdade salarial
Desde junho deste ano, foi sancionada a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. Caso a discriminação seja identificada, a empresa deve pagar uma multa correspondente ao valor de um novo salário, multiplicado por dez.
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