Criatividade, liderança, desempenho de tarefas em equipe… Essas são apenas algumas das características pessoais que podem ser avaliadas durante uma dinâmica de grupo. É por meio dela que os recrutadores podem se aprofundar no perfil dos candidatos, avaliando assim como eles se relacionam com outras pessoas.
Cada empresa pode desenvolver o seu próprio método para elaborar uma dinâmica de grupo. Portanto, é difícil prever exatamente como ela será. Geralmente, uma situação ou desafio é proposto e os candidatos devem tentar resolvê-lo.
“A dinâmica de grupo identifica várias características necessárias para o mercado de trabalho, entre elas o comportamento ético. São apresentadas situações que testam a flexibilidade nesse quesito. Além disso, hoje se busca quem saiba lidar com diferenças. Muitas vezes é possível perceber algum tipo de preconceito só pelo jeito de olhar do candidato”, explica a coach Bibianna Teodori.
O diretor da Page Talent no Brasil, Danilo Castro, ressalta que nas dinâmicas de grupo não existe certo ou errado. “Os candidatos têm a tendência de procurar uma resposta correta para a solução dos cases, esquecendo-se de que precisam buscar justificativas para as várias respostas possíveis. Isso é que faz diferença”. E ele vai além: “Ao contrário do que muitos pensam, o desempenho dos candidatos não está sendo comparado. Cada participante é avaliado individualmente, e seu perfil está sendo traçado a cada momento”, revela.
No que consiste uma dinâmica de grupo?
Essa costuma ser a etapa seguinte à entrevista individual. Geralmente dura de 2 a 4 horas. Como dito anteriormente, é utilizada para verificar a capacidade dos candidatos de se enquadrarem em um grupo e observar seu papel dentro dele.
“Hoje as dinâmicas são muito mais criativas, mais envolventes, mais participativas que as de outros tempos. São reveladoras daquilo que cada pessoa traz consigo”, diz o educador e escritor Canísio Mayer. A consultora Adriana Gomes, do Centro de Carreiras de Pós-Graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e diretora do site Vida e Carreira, complementa: “Antes era comum analisar problemas bastante hipotéticos, como decidir, em grupo, o que levar para uma excursão à lua ou para um refúgio subterrâneo. Hoje as questões a serem resolvidas estão bem mais próximas da realidade, como a criação de um produto ou serviço para a organização”.
Como se sair bem nessa etapa?
É aqui que você deve brilhar. Sendo assim, concentre-se em resolver o problema em questão da maneira mais eficaz possível e maximizar o resultado de sua colaboração. O recrutador observará o comportamento de cada candidato para verificar se ele tem o perfil que alinhado à posição e à empresa. Daí a importância de se conhecer bem e de focar no seus pontos fortes.
Explore a sua criatividade
Os recrutadores querem conhecê-lo melhor, graças ao que observaram no seu currículo e na entrevista individual. Portanto, no momento do problema ou desafio, aproveite para explorar soluções criativas e se destacar.
Não exagere
Nada de cortar e interromper os outros. Lembre-se que os recrutadores desejam trabalhar a inclusão de todos os candidatos. Dessa forma, se você adotar essa postura exagerada, pode passar a impressão que é uma pessoa difícil e que não consegue trabalhar em equipe.
Encare os outros candidatos como aliados
Não veja os demais candidatos como adversários. A capacidade de estabelecer vínculos com eles é essencial para uma boa avaliação. Assim sendo, diga o seu ponto de vista e pergunte o que eles acharam da solução que você está propondo. Caso não concordem, ouça o que eles têm a dizer e tente defender o seu ponto de vista, fazendo as modificações necessárias. Se concordarem com outra ideia, nada de mágoas. Sobretudo, ajude no que for necessário e traga sempre ideias que podem ajudar na solução.
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Até a próxima!
