Embora os negros sejam a maioria da população brasileira, representando mais da metade da nação (54%), segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, eles são a minoria nos cargos de chefia. Este é apenas um dos reflexos do racismo estrutural, sendo a discriminação racial um dos grandes problemas a ser enfrentado no mercado de trabalho.
O que é o racismo estrutural?
Quando falamos desse termo, estamos nos referindo a uma questão com práticas excludentes que privilegiam um grupo em detrimento do outro. Nesse sentido, as discussões giram em torno de como essas estruturas racistas delimitam as opções de ser e agir na sociedade.
Sendo um processo histórico, no qual as classes subordinadas são submetidas à opressão e à exploração das classes dominantes, é fundamental propor alternativas em todos os âmbitos. Afinal, é algo que está enraizado na sociedade e orienta as relações econômicas, culturais, políticas e também as profissionais.
Como a discriminação racial se expressa no universo corporativo
O acesso ao trabalho para a população negra registra muitos percalços. Porém, mesmo quando há a conquista de uma oportunidade profissional, o funil se estreita para este público assumir cargos de liderança. Ainda de acordo com estatísticas do IBGE, menos de 3% de mulheres e homens negros alcançam posições de chefia ou gerência no Brasil – três vezes menos do que os brancos.
O preconceito não se limita apenas na inserção dos negros no mercado corporativo. A pesquisa Racismo no Brasil, realizada pelo Instituto Locomotiva e financiada pelo Carrefour, revelou que 52% destes profissionais já relataram ter sofrido algum tipo de discriminação racial no espaço organizacional.
Iniciativas para combater a discriminação racial
Diante deste cenário desigual, entretanto, é possível reconhecer alguns avanços em termos de inclusão social nos últimos tempos. No começo dos anos 2000, os brancos representavam 76,8% das pessoas no ensino superior, enquanto negros, 21,9%. Agora, são 55,4% de brancos e 43,7% de negros, segundo o IBGE.
A lei de cotas foi importante para alterar um pouco a situação de negros e pardos no país, mas, ainda assim, não o suficiente para modificar totalmente a discriminação no mercado de trabalho. Por isso, o Amarelinho reuniu algumas iniciativas para combatê-la nas organizações.
Programas de empregabilidade
Cabe ao departamento de RH, alinhado com as políticas da empresa, criar oportunidades de contratação, ampliando a participação de pessoas negras nos processos seletivos. Para que todos entendam a importância de um time diverso, é importante trabalhar o desenvolvimento da equipe com treinamentos e mentorias.
Metas e indicadores de desigualdade racial
As organizações devem estabelecer algumas metas para reagir contra a discriminação racial. Alguns exemplos são dobrar o número de pessoas negras em cargos administrativos ou oferecer incentivos para colaboradores negros que não completaram o nível superior.
Código de conduta
Estabelecer um código de ética e conduta ajuda os demais colaboradores a entenderem que qualquer ação racista dentro da empresa implicará uma punição, advertência ou até mesmo demissão. Um canal de denúncias anônimas pode ser uma ferramenta importante para as vítimas se sentirem à vontade para relatar casos sofridos.
A importância de celebrar o Dia da Consciência Negra
É importante que o ambiente de trabalho abra espaço para diversos perfis profissionais, a fim de alcançar os melhores resultados e, neste sentido, é necessário que haja uma maior representatividade negra nas corporações. Sendo assim, quanto mais a sociedade caminhar para que todos tenham oportunidades, maiores serão as chances de sucesso.
Oportunidades no Amarelinho
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