Terceirização ainda cresce a passos lentos

13 de dezembro de 2018

Escrito por: Kazuhiro Kurita

Mesmo com a aprovação da contratação de profissionais para atividades-fim, modelo não decolou.

A flexibilização das leis trabalhistas e a redução de sindicados por meio do corte da contribuição compulsória, entre outros fatores, não foram suficientes para que o mercado absorvesse os mais de 12 milhões de desempregados no País. Nem mesmo a aprovação da terceirização de atividades-fim, apontada como saída para o desemprego, foi suficiente para aumentar o número de contratados.

Em fevereiro, o Empresômetro já havia feito um levantamento das empresas que mais utilizam a mão de obra terceirizada, que são as de limpeza e controle de pragas. Fazendo um comparativo entre 2017 e 2016, o número de empresas desses segmentos havia crescido 13,5%. Agora, passados mais de oito meses, um novo levantamento identificou um crescimento estável da área, com aumento de apenas 13% no período. “São setores que tendem a crescer com a ampliação do número de empresas e da renda”, afirma o diretor do Empresômetro, Otávio Amaral.

Mesmo com o crescimento desse setor em específico, ainda não é possível medir todo o trabalho terceirizado e quantificar se a mudança da legislação foi realmente efetiva. “Não há a identificação do terceirizado, uma vez que hoje você pode contratar tanto uma pessoa física quanto jurídica, que é o caso do microempreendedor individual”, explica Amaral.

Dúvidas e receios

Para o diretor, fica claro que ainda há muita dúvida e a terceirização, como forma de contratação de trabalhadores, caminha a passos lentos. “O empresariado ainda tem dúvidas e certo receio em adotar a prática, pois as posições-chave das empresas certamente são as atividades-fim, tendo em seu quadro empregados que estejam por dentro de todos os aspectos do negócio, que são mais atrativos que a mão de obra terceirizada, que amanhã poderá ser substituída ou não aparecer mais”, destaca Amaral.

Quanto às atividades de limpeza e controle de pragas, a quantidade de empresas abertas e ativas é um reflexo dos polos econômicos do País. São Paulo está em primeiro lugar, com mais de 12 mil empresas, seguido por Rio de Janeiro, com pouco mais de cinco mil. “A terceirização ainda é uma opção atraente para os empresários, porque esse tipo de contratação gera um custo com pessoal muito menor ao tomador de serviço, podendo aumentar seu capital de investimento. Mas este modelo ainda esbarra em várias questões, muitas delas relacionadas a dúvidas e receios”, conclui Amaral.

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