No Brasil, o trabalho autônomo se configura como uma realidade cada vez mais presente. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), 68% dos trabalhadores autônomos gostariam de ter carteira assinada.
Essa busca por maior estabilidade evidencia os desafios enfrentados por eles. Afinal, precisam lidar com a insegurança da renda, a falta de benefícios trabalhistas e a dificuldade de se destacar em um mercado competitivo.
Entre os principais pontos do levantamento realizado pela FGV, destaca-se a instabilidade financeira: 45% dos autônomos não sabem quanto vão ganhar no próximo mês. Essa imprevisibilidade torna o planejamento financeiro extremamente difícil, gerando uma grande insegurança.
Entre 2012 e 2024, o número de autônomos cresceu 25,9%, enquanto o emprego formal aumentou apenas 12,5%. Embora essa modalidade ofereça flexibilidade, ela também é associada à “uberização”, que muitas vezes resulta em condições de trabalho precárias.
Perfil dos autônomos: vulnerabilidade em evidência
Os dados da FGV também traçam o perfil dos trabalhadores autônomos no Brasil: 44% não concluíram o ensino básico e 60% se identificam como negros ou pardos. Essa realidade indica que grupos vulneráveis da sociedade estão mais propensos à informalidade, ficando à margem dos direitos e da proteção social.
Benefícios da formalização
A formalização surge como um passo crucial para garantir direitos trabalhistas básicos e maior segurança financeira para os trabalhadores autônomos. Políticas públicas eficazes são necessárias para incentivar a formalização, promover melhores condições de trabalho e estabilidade financeira para essa parcela da população.
Trabalhadores com carteira assinada têm acesso a uma série de benefícios essenciais, como férias remuneradas, 13º salário, seguro-desemprego e aposentadoria. Além disso, a formalização proporciona maior estabilidade e segurança, permitindo um planejamento financeiro mais sólido e o acesso a oportunidades de crédito.
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Para que o trabalho autônomo se torne uma opção cada vez mais viável e vantajosa para os profissionais, é importante que sejam implementadas políticas públicas que garantam mais direitos e proteção social. Além disso, é fundamental que os autônomos invistam em sua qualificação profissional e busquem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
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