Pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) mostra que o Índice de Medo do Desemprego caiu 2,1 pontos em relação a setembro do ano passado, atingindo 56,1 pontos em dezembro de 2019. Em uma escala de 0 a 100 pontos, quanto menor o indicador, menor é o medo do desemprego.
Apesar da discreta melhora, o indicador ainda está 6 pontos acima da média histórica, de 50,1 pontos, e 1,1 ponto além dos 55 pontos registrados em dezembro de 2018. Esta elevação é justificada pela frustração das expectativas em relação ao desempenho da economia no primeiro semestre de 2019, quando o índice aumentou 4,3 pontos. Com a melhora das perspectivas no segundo semestre, o indicador apresentou redução de 3,2 pontos até o fim do ano.
“A estimativa de recuperação econômica se consolidou no segundo semestre. Os índices de crescimento começam a reagir e o mercado de trabalho melhorou, o que aumenta a esperança da população em conquistar e até trocar de emprego”, afirma a economista da CNI, Maria Carolina Marques.
O medo do desemprego permanece mais elevado entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo (69,7 pontos). Como comparativo, entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos, ele cai para 37,4 pontos. Também é maior entre as mulheres (passou de 62,6 para 63,2 entre setembro e dezembro) do que entre os homens (cujo indicador caiu 5 pontos, recuando para 48,5).