Passagens sobem mais que inflação

7 de janeiro de 2019

Escrito por: Kazuhiro Kurita

O aumento já está valendo para os ônibus e trens e metrô serão reajustados no dia 13 de janeiro.

Os desempregados vão ter que penar ainda mais para procurar uma colocação. As passagens de ônibus, metrô e CPTM vão custar R$ 4,30 a partir deste mês. O reajuste é de 7,5% e a integração dos trens com os ônibus aumentará para R$ 7,48. No entanto, o valor da integração ônibus + trens entre os dias 7 e 12 de janeiro será de R$ 7,21, e a partir da 0h do dia 13 de janeiro será de R$ 7,48.

O aumento dos ônibus já começou a valer nesta segunda-feira, dia 7 de janeiro, e as tarifas do metrô e CPTM serão reajustadas a partir do dia 13. O índice do aumento da tarifa é maior que a inflação, que deve fechar o ano de 2018 em 3,69%. Em nota, a Prefeitura alega que por dois anos a passagem não teve qualquer reajuste, mantendo-se em R$ 3,80, impactando o orçamento. “Em 2018, houve um aumento abaixo da inflação, elevando o valor para

R$ 4,00. Agora, a Prefeitura realiza uma necessária adequação da receita para reduzir o desequilíbrio do sistema”, diz o documento.

Quem carregar o bilhete até 23h59 do dia 6 de janeiro pode viajar de ônibus com a tarifa antiga até o fim do crédito. O Bilhete Mensal para ônibus ou trens passa para R$ 208,90 (comum) e R$ 323,80 (integrado) e o Bilhete Diário, válido por 24 horas, aumentará para R$ 16,40 (comum) e R$ 21,60 (integrado).

Protesto

O Movimento Passe Livre (MPL) vai realizar uma manifestação contra o reajuste no próxima quinta-feira, dia 10 de janeiro, às 17h. A concentração será na Praça Ramos de Azevedo, no Centro de São Paulo. A divulgação do protesto está sendo feita nas páginas das redes sociais do movimento, que ganhou visibilidade em 2013, quando convocou manifestações contra o reajuste de R$ 3,00 para R$ 3,20.

Em seu portal, o MPL alega que o aumento é o dobro da inflação. “Além disso, dessa vez, foram também cortados os subsídios para o vale-transporte, intensificando a precarização da vida e do trabalho”, diz um trecho do texto. Na verdade, o corte do subsídio atinge apenas as empresas, que passarão a pagar R$ 4,57 por viagem. O trabalhador continuará com o desconto de 6%.

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