Maioria dos entrevistados pelo NUBE diz que a estrutura favorece o crescimento na carreira, informa Yolanda Brandão.
O Núcleo Brasileiro de Estágios (NUBE) fez uma pesquisa com mais de 22 mil jovens de 15 a 26 anos de todo País. O enfoque do levantamento foi “O que você acha de empresas com muitos níveis hierárquicos”? A resposta de 60,78% foi pela alternativa “acho ótimo, assim posso ter um crescimento na carreira”.
Para a gerente de treinamento do NUBE, Yolanda Brandão, a posição dos jovens não surpreendeu, pois é comum quem está entrando no mundo do trabalho ter uma expectativa de progressão de carreira acelerada. No entanto, ela lembra que considerar uma ascensão rápida em grandes companhias é um equívoco por conta das diversas posições em consequência desta hierarquização. “Por ter uma disposição rígida de cargos, a promoção nem sempre vem na velocidade esperada”, afirma.
Segundo Yolanda, a dica é planejar a construção da vida profissional, pois antigamente havia a necessidade de muito funcionários para fazer as atividades na empresa, que hoje estão sendo automatizadas. No passado, era preciso manter uma proporção maior de supervisores, gerentes e outros cargos de chefia. “Hoje, as corporações tentam ser mais enxutas e com procedimentos racionalizados”, constata.
Para uma minoria (8%), a estrutura mais tradicional é um dos maiores problemas da lentidão nos processos. Yolanda explica que, como uma operação envolve muitos funcionários, realmente as coisas podem seguir de uma forma mais devagar nestas corporações. Para ela, uma comunicação mais clara e natural é fundamental para maior assertividade dentro deste contexto. Outros 2,03% se mostraram contra tantos cargos de liderança
Por fim, a gerente ensina que, independentemente de onde se começa a carreira, é interessante refletir sobre o fato de todas as experiências terem ganhos e perdas. “Se uma empresa maior oferece bons salários, bônus e benefícios, uma menor não fica atrás e compensa dando autonomia e flexibilidade”, garante. Então, é preciso observar quais oportunidades a vaga oferece e avaliar se elas estão mais alinhadas ao seu perfil. No mundo de tantas transformações, o autoconhecimento é imprescindível. Afinal, o crescimento por si só não se sustenta a longo prazo. Encontrar um propósito pode fazer a diferença.