Associação inclui pessoas com deficiência intelectual

22 de julho de 2019

Escrito por: Claudinei Nascimento

Candidatos são acompanhados pela Apabex, mesmo após a conquista de uma oportunidade de emprego

Com  o objetivo de incluir pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho, a Associação de Pais Banespianos de Excepcionais (Apabex) realiza o Programa de Emprego Apoiado.
A metodologia consiste em um atendimento individual da pessoa com deficiência em três fases: descoberta de perfil profissional, desenvolvimento de empregos e acompanhamento pós-colocação. Tudo baseado no reconhecimento das escolhas, interesses, pontos fortes e necessidades de apoio dos participantes.
Por meio do Emprego Apoiado, inicialmente é concedida a vaga à pessoa com deficiência e o treinamento é realizado no próprio local de trabalho. “A Apabex funciona como um mediador, não só da aquisição das habilidades técnicas, mas também de integração com os demais colaboradores e com a cultura de cada empresa”, diz Alexandre Betti, coordenador do Curso de Capacitação de Consultores em Emprego Apoiado da Apabex.

Um novo olhar
Para Betti, mesmo com iniciativas como o Emprego Apoiado, é necessário estabelecer um novo conceito de diversidade com relação às pessoas com deficiência no mundo do trabalho, que não deve estar atrelado apenas ao cumprimento de cotas ou valorização do ambiente organizacional. “As empresas precisam entender que, por conta do preconceito, podem estar desperdiçando grandes talentos. É preciso parar de olhar para a deficiência e enxergar o profissional.”
Desde 2002, a associação já inseriu mais de 60 pessoas com deficiência no mercado. Uma delas é Jefferson Luis Nunes da Silva, 35 anos. Há mais de três anos, ele acorda cedo e sai da zona leste de São Paulo para trabalhar no Hospital Brigadeiro, localizado no Jardim Paulista. Com paralisia cerebral, ele frequentava aulas em uma escola regular, mas os pais procuravam um atendimento especializado e, aos sete anos de idade, entrou para o grupo escolar 1, programa de educação que existia na Apabex. Aprendeu a ler e a escrever e lembra da época com muito carinho. “Foi um estímulo para eu conseguir. Quando eu não entendia, a professora repetia com paciência. Isso me ajudou muito”, diz Jefferson.
Na associação, também fazia fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e tinha acompanhamento específico para ir e voltar sozinho ao trabalho, usando o transporte coletivo, reforçando a ideia de que, quando há apoio, surgem as oportunidades.
Jefferson Luis Nunes da Silva,
com sua mãe, Solene de Fátima Nunes

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