Pelo estudo, apenas uma em cada três mulheres considera que o mercado é igual entre os gêneros.
Nos últimos anos, o mercado de trabalho vem sofrendo muitas influências negativas, como o longo período de crise econômica, a alta taxa de desemprego e a reforma trabalhista. Tudo isto somado tem influenciado no ânimo do trabalhador, segundo o levantamento realizado pela Hello Research, que entrevistou 1.326 pessoas de mais de 70 municípios de cinco regiões brasileiras. Os primeiros resultados mostram diferenças de visão entre homens e mulheres e entre profissionais de diferentes idades.
Pelo estudo, a questão de gênero ainda é um divisor no mundo do trabalho. Enquanto 60% dos homens se consideram respeitados no ambiente corporativo, 55% das mulheres dizem que não são. Para Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello, por mais que nos últimos anos o combate ao sexismo tenha avançado, a igualdade de gênero ainda está longe de ser alcançado. “O mais alarmante é o fato de apenas uma em cada três mulheres acreditar que o mercado de trabalho é igual entre gêneros”, ressalta.
Com relação à faixa etária, quanto maior é a idade, a percepção de que há uma discriminação do mercado com relação aos mais velhos aumenta significativamente. Para 68% que têm entre 45 e 59 anos é mais difícil encontrar emprego nesta faixa etária.
Ainda explorando as diferenças de perspectiva entre as gerações que convivem no ambiente de trabalho, a pesquisa conferiu se os entrevistados consideravam o mercado igual, melhor ou pior para as pessoas mais novas e também as mais velhas. O resultado mostra que o mercado é melhor para os mais jovens e pior para os mais velhos. “Ao passo que o índice de expectativa de vida aumenta ano a ano, ainda temos um verdadeiro abismo geracional quando o assunto é empregabilidade. A medida que a idade avança, infelizmente a insegurança no trabalho cresce na mesma proporção”, observa Bertoncello.