Para nós que atuamos no mercado corporativo com desenvolvimento de pessoas é interessante perceber a evidência que as grandes companhias estão dando aos aspectos comportamentais. Claro que o conhecimento técnico é fundamental para que os profissionais possam ocupar suas funções, mas a questão é que isto deixou de ser o diferencial e, sim, o mínimo necessário.
Durante décadas, tivemos uma alta valorização da competência técnica, a ponto de não importar o perfil ou sequer o modo de fazer uma atividade. Depois, o mundo começou a destacar os profissionais generalistas e era muito interessante aquele que detinha um conhecimento amplo sobre as coisas. Hoje, estamos mais propensos ao que Walter Lungo chamou de nexialismo. Um nexialista é a pessoa curiosa e inquieta, que tem amor e desejo pelo conhecimento e alcance dos melhores resultados.
Este é o ponto de partida para um profissional que queira alavancar sua carreira nos “tempos modernos”, mas a pergunta mais importante a ser feita é: como? Para colocar a carreira na direção certa, é preciso resgatar a citação de Alvin Toffler: “O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Esta será a maior competência de uma carreira em ascensão, pois não sabemos exatamente o que será exigido dos profissionais, mas entendemos que todos terão que se adequar e buscar conhecimentos e formas de trabalho diferentes para entregar seus resultados.
A vida profissional está cada vez mais complexa e exige uma atenção redobrada ao que é realmente fundamental. Além de tudo, o tempo é infalível, então não o perca de vista. Para isso, o pontapé inicial é ter foco. E qual é o seu? O que realmente é importante pra você? Qual seu nicho de mercado? O que faz a empresa onde você está? É necessário ter o entendimento de todo este cenário para investir nos conhecimentos e comportamentos certos.
As reflexões propostas podem ser generalizadas, mas cada um precisa construir o seu caminho e, claro, estar disponível e flexível ao que vem pela frente.
Texto: Fábio Abate