Índice de desemprego continua alto

2 de março de 2020

Escrito por: Redação O Amarelinho

Dados da PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua divulgados na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, mostram que 11,9 milhões de trabalhadores continuavam desempregados no trimestre encerrado em janeiro. 

 

O presidente Jair Bolsonaro prefere criar polêmicas e atacar quem não concorda com seu governo em vez de criar medidas contra o desemprego, que continua muito alto depois de 13 meses. Ele parece adepto do muito circo e pouco pão na mesa do trabalhador. Como se não bastasse, o ministro da Economia, Paulo Guedes, faz piadas de mau gosto, chamando funcionários públicos de parasitas e dizendo que no tempo do dólar a R$ 1,80 até empregada doméstica ia à Disney. Hoje, nem a classe média pode viajar para fora do País, com o dólar chegando a R$ 5,00.  

Mas isto é outra história. É e não é, porque os dados divulgados pela PNAD Contínua do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na sexta-feira, 28 de fevereiro, mostram que quase 12 milhões de brasileiros continuam sem emprego, apesar de um pequeno recuo de 0,4% na taxa de desocupação no trimestre encerrado em janeiro em relação ao trimestre anterior (de agosto a outubro de 2019).  

O número de pessoas ocupadas se manteve praticamente igual, com 94,2 milhões. Segundo a analista de Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas subiu em comparação ao mesmo período do ano anterior, com um aumento de apenas 0,6%.  

 

Desalento 

Esse índice ainda está inflacionado pela não dispensa dos trabalhadores temporários admitidos pelo comércio no final de 2019 e pelo aumento de pessoas desalentadas (4,7 milhões), que desistiram de procurar emprego. Como elas não estão procurando uma vaga, não são consideradas desempregadas. A população inativa soma quase 66 milhões.   

A taxa de informalidade teve queda de 0,5% na comparação entre o trimestre encerrado em janeiro e de agosto a outubro de 2019, por causa de um pequeno aumento na geração de vagas com carteira assinada, no trabalho por conta própria com CNPJ e queda no número de familiar auxiliar, principalmente no setor agrícola. “Esse recuo está associado à redução de aproximadamente 479 mil trabalhadores informais em relação ao trimestre móvel anterior”, afirma Adriana.  

 

Vagas abertas 

Para não desanimar de vez o trabalhador, apesar da falta de esforço do governo, o emprego com carteira assinada cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, com acréscimo de 540 mil novas vagas. Para a analista do IBGE, a manutenção do aumento com carteira assinada no setor privado foi influenciada pelos resultados econômicos do final de 2019. No entanto, segundo ela, não é possível afirmar que este ano começa com sustentabilidade da carteira.  

A população subutilizada (pessoas que gostariam de trabalhar mais) ainda é de 26,4 milhões e os empregados sem carteira assinada no setor privado somam 11,7 milhões, revelando a precarização do mercado de trabalho. O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,6 milhões e ficou estável em relação ao trimestre anterior.  

Nas categorias dos trabalhadores domésticos (6,3 milhões) e dos empregados no setor público (11,5 milhões), que incluem servidores estatutários e militares, não houve variações estatisticamente significativas. A categoria dos empregadores (4,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior e também em relação ao mesmo trimestre de 2019. 

Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2019, houve aumento da ocupação em indústria geral (4,4% – mais 512 mil pessoas), transporte, armazenagem e correio (4,5% – mais 213 mil pessoas) e outros serviços (5,7% – 276 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa nesta comparação. 

 

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