Astrid Vieira garante que pessoas felizes são mais produtivas.
Se equilibrar a vida pessoal e profissional não é fácil, o que dizer então do emocional. As tensões diárias são capazes de influenciar as emoções e também afetar o desempenho no emprego. E o bem-estar emocional pode fazer a diferença. Afinal, pessoas felizes são mais produtivas que as infelizes.
Cada vez mais, as empresas têm buscado, além de bons profissionais em nível técnico, colaboradores que se integrem bem nas suas estruturas humanas, com interesse e motivação. Na visão empresarial, um funcionário feliz é sinônimo de um profissional motivado, capaz de fazer bem o seu trabalho e ainda incentivar os demais colegas. “Se as pessoas se sentirem bem, provavelmente vão ter desempenhos positivos. E, dessa forma, também ficarão bem vistas aos olhos dos recrutadores”, afirma a diretora e consultora da Leaders-HR Consultantes, Astrid Vieira.
Para a consultora, uma pessoa de bem com a vida tende a ser mais saudável emocionalmente e fisicamente, o que lhe possibilita trabalhar com empatia e se colocar no lugar do outro sem perder tempo com julgamentos. “Ela possui atitude positiva diante de desafios, quer prosperar e não mede esforços, está sempre disposta e disponível. Normalmente, é mais generosa, capaz de colaborar com o outro, ajuda e zela por manter o ambiente de trabalho mais leve e agradável. Por serem mais proativas, também têm mais foco, ou seja, produzem mais e com qualidade”, garante a consultora.
Clima amigável
Segundo Astrid, quando as pessoas são questionadas se estão felizes em seu emprego, poucas afirmam estar completamente satisfeitas. “Isso acontece porque, além de sofrerem com a pressão por resultados, geralmente não são reconhecidas pelo que fazem”, pondera.
Apesar de não ser possível controlar os trabalhadores para que sejam felizes, ainda assim pode-se criar condições que vão ajudar a promover a positividade no ambiente de trabalho. A felicidade é uma via de mão dupla e as empresas precisam dar condições para alcançá-la.
É possível proporcionar isso, por exemplo, com a criação de um clima amigável na empresa em que predomine a confiança e cooperação, flexibilização dos horários, reconhecer e comemorar as conquistas individuais e coletivas, ter um chefe competente e com quem se possa contar e até mesmo um suporte aos funcionários em questões pessoais. “Não existe trabalho perfeito, mas o ideal é que as vantagens sempre superem os problemas”, finaliza Astrid.