“Conseguir um emprego para uma pessoa trans é tão difícil que esse candidato fará o possível para se tornar um profissional de ponta”. É o que garante a coordenadora da Comissão de Diversidade Sexual de Santos, Taiane Miyake. Para ela, é necessária a criação de políticas públicas que incentivem a contratação dos LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e outros gêneros).
Uma das possibilidades apontadas pela ativista é a criação de cotas com metas de isenção de impostos pelas empresas contratantes. “Precisamos lutar por isso porque, apesar de sermos ótimos profissionais, ainda esbarramos no preconceito”, afirmou Taiane.
Para ela, ainda é necessária muita conscientização por parte dos empresários para que os registros de contratação se multipliquem, principalmente entre os trans. Boa parte dessa população ainda vive na prostituição. Há empresas que mudaram suas condutas para transformar inclusão transgênera em realidade, como o Carrefour.
Atualmente, são oferecidos cursos de capacitação em varejo para transgêneros, com o objetivo de aumentar a chance dessas pessoas no mercado de trabalho. Já foram formadas 51 pessoas trans e, dessas, 17 foram contratadas pelas unidades da rede.