Estudo mostra que mulheres que trabalham fora e ainda tem afazeres domésticos acumulam mais horas de atividades do que os homens
A cada dia, mulheres vem ganhando mais força no mercado de trabalho e conquistando espaços que até então eram dominados por homens. Uma vitória que hoje reflete nos números de empregos oferecidos pelas empresas de recrutamento.
Apesar desta grande conquista, segundo dados levantados pelo IBGE no ano passado, as mulheres ainda possuem uma carga de trabalho muito maior do que os homens no Brasil – ou seja, após a jornada de trabalho de 8 horas em média, grande parte ainda trabalha durante horas dentro de casa.
Mesmo os homens sem emprego ainda estão muito longe de igualar as horas de atividades domésticas, como limpar a casa, fazer comida e até mesmo ajudar na educação dos filhos. Um fator preocupante, já que trabalhar “em casa” também é considerado uma prática de trabalho e deve ser dividida de maneira justa.
Estas atitudes devem-se a diversos fatores, mas principalmente os culturais, nos quais acreditam-se que as mulheres devem ser “donas de casa” mesmo trabalhando fora. Algo perigoso que pode afetar de maneira física e psicológica alguém que passa diariamente por tarefas exaustivas.
Ainda vistas como tarefas de “mulherzinha”
Apesar de pequena melhora em relação a 2016, ano passado algumas tarefas que a sociedade sempre impôs como femininas foram efetuadas por homens dentro de casa. Confira os números:
Preparar alimentos:
Mulheres – 95,6%
Homens – 59,8%
Limpeza e lavagem de roupas:
Mulheres – 90,7%
Homens – 56%
Reparos e Manutenção:
Mulheres – 34%
Homens – 63,1%
Educação dos filhos:
Mulheres – 73%
Homens – 61%
Cuidados Pessoais:
Mulheres – 86%
Homens – 65,5%
Totalizando os dados, as mulheres dedicam cerca de 20,9 horas semanais em afazeres domésticos contra 10,8 horas realizadas pelos homens. Ou seja, um número que aponta a discrepância de tarefas realizadas pelos gêneros.
Como equilibrar este quadro?
A tendência é que as mulheres ganhem ainda mais espaço no mercado, levando com que percam ainda mais o título de “donas de casa” e tenham papel fundamental no sustento da família. Por isso, o equilíbrio deve ser alcançado para que ninguém saia prejudicado.
O primeiro passo é conversar com o parceiro sobre quais funções podem ser divididas igualmente. Caso os dois trabalhem fora, combinar soluções para algumas situações como: quem busca o filho na escola, quem será responsável pela alimentação e por aí vai. Em alguns casos, os casais podem até apelar para um calendário.
Cumprir o combinado é algo que fará com que ambos se sintam confortáveis, evitando situações abusivas. Afinal, quando as pessoas resolvem compartilhar a vida, as tarefas vêm juntas e isto não pode ser um bicho de sete cabeças.
Deixar com que as mulheres se sintam confortáveis e menos cansadas é algo que faz parte da saúde mental e melhora de forma significativa a qualidade de vida de ambos. Então, cuide e cuide-se.