Salários dos brasileiros poderão ser afetados por nove anos

9 de setembro de 2021

Escrito por: Gestão Portal o Amarelinho

O relatório do Banco Mundial “Emprego em Crise: Trajetória para Melhores Empregos na América Latina Pós-Covid-19” mostra que os salários dos brasileiros poderão ser afetados pelo período de 9 anos em razão da atual pandemia do coronavírus.

 

Divulgado no final de julho, o relatório revela ainda os efeitos devastadores da pandemia. Dessa maneira, eles contribuíram para a eliminação de postos de trabalho, aumento da informalidade, defasagem salarial e redução de renda.

 

Para a economista Joana Silva, economista sênior do Banco Mundial e coautora do relatório, essas são algumas das causas da pandemia da Covid-19, uma crise catastrófica que está tendo um custo enorme para os mercados de trabalho da América Latina, incluindo o Brasil. “A recessão causada pela Covid-19 deve eliminar cerca de 4% do emprego formal”, destaca.

Joana Silva | Banco Mundial
Joana Silva | Banco Mundial (Créditos: Shane Romig)

Proteção social

Para mudar esse quadro é preciso, segundo a economista do Banco Mundial,  que o País passe por uma revisão dos instrumentos de proteção social. Ela cita como exemplo a ampliação do acesso ao seguro-desemprego, a fim de preservar a renda do trabalhador formal contra os desafios impostos pelo mercado de trabalho. Atualmente são 14,8 milhões de brasileiros desempregados, de acordo com a PNAD  Contínua, do IBGE, além dos seis milhões de desalentados que desistiram de procurar trabalho.

 

Mas há quem sofra ainda mais com este cenário: os trabalhadores menos qualificados e mais vulneráveis no mercado de trabalho. Portanto, nessa categoria estão os jovens que ainda não ingressaram no mercado e os informais, que não têm resguardados direitos trabalhistas e previdenciários. “É preciso pensar em políticas de apoio à geração de renda e inclusão desses públicos no mercado de trabalho”, diz Joana.

 

Reflexos da redução dos salários nos menos qualificados

O relatório do Banco Mundial mostra também que a redução dos postos de trabalho e salarial atinge os trabalhadores menos qualificados. Para suprir essa lacuna, é preciso oferecer programas de capacitação. Dessa forma, eles se adaptam rapidamente a um mercado em permanente mudança. “Essa renovação da qualificação passa pela formação digital, pelo fortalecimento das habilidades socioemocionais e pelos esforços para atingir um nível superior de educação. O desafio é imenso e o momento de enfrentá-lo é agora”, afirma a economista.

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