A Carteira de Trabalho digital entrou em vigor há pouco tempo e já está repercutindo dentro das empresas brasileiras. Muitos trabalhadores estão com dúvidas em relação à nova tecnologia. A principal delas é se todas as obrigações trabalhistas serão respeitadas.
Assim, para evitar qualquer ruído, a equipe de Recursos Humanos das companhias deve realizar ações de conscientização junto aos colaboradores. É importante informar que a plataforma é segura e, sim, todos os direitos trabalhistas serão cumpridos. Como agora tudo pode ser feito de forma digital, alguns profissionais acham que, se não for registrado na carteira física, poderá levar um ‘golpe’.
Além de mostrar que todas as obrigações serão efetivadas, o RH também pode apresentar os benefícios para o colaborador. Ter os dados trabalhistas no aplicativo representa uma segurança para ele, pois não correrá o risco de perder a carteira física, por exemplo, uma vez que, quando isso acontece, é preciso correr atrás de todas as empresas na qual a pessoa já trabalhou para obter as informações. Agora, já pensou se uma dessas companhias fechou?
Para os empregadores, a desburocratização e o ganho de tempo são vantagens fundamentais para o dia a dia. Em um processo de admissão, 30% do tempo era perdido com esse trâmite para se preencher uma única Carteira de Trabalho. Quando falamos de uma grande empresa, com 80 mil colaboradores, por exemplo, o tempo para atualizar as carteiras era ainda maior. Como agora todas as informações lançadas no eSocial migram de forma automática para a carteira digital, a otimização de tempo é muito grande.
Para implementar todo o processo digital, as empresas devem usar o eSocial, pois todo o registro das informações será feito por meio dele.
Já os trabalhadores podem habilitar o documento pelo site www.gov.br/trabalho ou baixar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital e acompanhar todas as anotações.
O governo receberá todas as informações relativas aos trabalhadores de forma unificada: os vínculos empregatícios, as contribuições previdenciárias e as folhas de pagamentos.
Texto: Juliana Melo.