Saber entregar experiências e conhecimentos é fundamental para quem quer uma nova recolocação. Estabelecer uma estratégia e investir no networking são outras dicas.
Seja por decepções pessoais ou por visualizar novas perspectivas de mercado em outras áreas, certo é que muitos profissionais têm pensado em mudança de carreira.
Segundo a palestrante e especialista em desenvolvimento humano, Rebeca Toyama, o assunto é muito mais comum do que se imagina, pois envolve a busca por desafios, estabilidade, conforto financeiro, satisfação, mas também medo e insegurança de enfrentar uma situação nova.
Por isso, é necessário se preparar para essa tomada de decisão e ela pode ser mais clara quando o profissional entende, em primeiro lugar, qual o seu papel no mundo, quais são as experiências e conhecimentos adquiridos que o auxiliarão a agir de maneira mais acertada. “Esse conjunto de competências dirá se o profissional é valioso ou não para determinado segmento, se pode investir em um negócio próprio”, avalia a especialista.
De acordo com Rebeca, o ideal é que uma mudança de carreira envolva reflexão e planejamento e não seja apenas parte de uma decisão tomada por circunstâncias que se tornam um verdadeiro turbilhão. “Ela pode estar atrelada a um ambiente insuportável, a um chefe chato. Antes de mudar, o profissional precisa criar condições para lidar com essas situações adversas, comuns na maior parte dos ambientes empresariais”, diz.
Dentro deste planejamento, Rebeca acredita que cinco anos é um tempo razoável para estabelecer uma transição para a nova carreira.
“Este tempo deve ser usado para buscar as habilidades exigidas pelo mercado, para se relacionar com profissionais hábeis que possam ampliar sua visão e seu networking. “Ter um mentor como guia para ajudar a replanejar a carreira é algo que pode aumentar as chances de sucesso, além de ser um elemento importante quando for buscar uma inspiração”, afirma.
Esforços direcionados
Para quem está fora do mercado, a dica é não atirar para todos os lados. “Se o profissional busca uma transição para uma carreira específica, deve, por exemplo, direcionar seus esforços para esse segmento e não enviar 500 currículos de forma aleatória”, destaca.
A recolocação pede estratégia e relacionamento. “É preciso pensar como se estivesse empregado. Só que as oito horas diárias serão usadas para mapear as oportunidades de trabalho.”
Por fim, os profissionais precisam estar atualizados e a readaptação em outra área pode ser necessária. “Não existe uma fórmula certeira para se redescobrir, mas o melhor método a seguir é respeitar seus valores e ter consciência dos seus talentos.”