A vida é tão corrida e competitiva que muitas vezes somos levadas por ela. Somos, em muitos momentos, tão automáticos e poucos conscientes.
A neurociência que estuda o cérebro e o comportamento humano, diz que agir no piloto automático não é ruim, pelo contrário! Isso que nos possibilita associar uma série de comportamentos, com agilidades, num processo cognitivo saudável: dirigir cantando uma música, caminhar e passear com o pet, ou seja, associar duas ou mais atividades ao mesmo tempo.
A aprendizagem, atrelada a repetição, nos possibilita adquirir uma habilidade que nos capacita a exercê-la sem grandes elaborações, e quando nos damos conta já estamos fazendo sem tantos esforços, praticamente no automático.
Nesta eficiência prazerosa de executarmos as coisas com exatidão, entramos na zona de conforto do “piloto automático”, pois, um período de treino cria trilhas “neuronais” de acesso imediato para formação de rotinas e hábitos. Um exemplo disso é: todos os dias você faz um determinado percurso e num determinado dia você só precisa ir até metade do percurso e tem que retornar. Ou está iniciando uma nova dieta alimentar e quando percebe está com outro alimento do cardápio anterior…pois é, isto revela que nos acostumamos facilmente com uma rotina e nossa mente rapidamente nos domina e ficamos muito mais “automáticos” do que conscientes de nossos comportamentos.
Acontece que isto vale também para nossas emoções, comunicação, pensamento, e isto favorece uma fragilidade emocional, pois é imprescindível sermos os protagonistas da nossa vida, e para isto precisamos ser conscientes das nossas atitudes.
Uma vez que não paramos e damos um tempo para analisarmos nossas ações, planejarmos nossos dias, e sermos estratégicos, vivemos de forma reativa, ou seja, sem elaboração e isto nos coloca numa situação muito mais propensa a fragilidades.
Essas fragilidades, transformam-se em várias situações que nos levam a uma onda enorme de condutas e sentimentos desagradáveis, contribuindo para stress, ansiedade, depressão, insônia, falta de foco, sensação de fracasso e diversos sentimentos que causam sofrimento emocional.
É fundamental parar e voltar ao PRE (Pare – Reflita – Escolha) essa tríade que nos possibilita uma reflexão básica, para que ocorra um “reset mental” este com a finalidade de nos fazer se separar das obrigações e das exigências que muitas vezes não são nossas, mas são impostas pelo meio.
Pergunto: tudo o que você faz hoje são suas reais prioridades?
Sua rotina prioriza suas necessidades?
Diante da rotina que você tem estabelecido, quais emoções você mais tem lidado?
Se você continuar mantendo o mesmo ritmo de vida, como você estará daqui 5 anos (do ponto de vista físico, emocional, financeiro)?
Suas escolhas tem priorizado que área da sua vida?
O processo psicoterápico favorece a pessoa a encarar-se, a olhar para dentro de si, buscando respostas para as inúmeras ações que são tomadas e por diversos comportamentos gerados que são causadores de muitos desconfortos emocionais.
É fundamental compreendermos, é só olhando para dentro de nós, que enxergaremos a rota que nos levará aos pontos de satisfação que suprirá nossas necessidades emocionais, quando nos permitimos silenciar, ficar a sós, estamos no caminho certo da satisfação e do equilíbrio emocional.