O varejo paulista deve ter melhores resultados no segundo semestre. A análise é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e aponta que os empresários devem avaliar se a evolução das receitas resultarão em aumento imediato do quadro de funcionários.
O impacto positivo da injeção do 13º salário e as vendas de Natal são os principais fatores que devem impulsionar o comércio paulista no segundo semestre. Apesar da projeção, a incerteza do cenário econômico exige planejamento, pois mão de obra é investimento de médio e longo prazos.
Em junho, os empresários varejistas do Estado de São Paulo se mostraram receosos em contratar. A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) aponta que, no mês, foram eliminados 5.808 empregos. Apenas as concessionárias de veículos apontaram saldo positivo (170 novos vínculos celetistas) entre as nove atividades analisadas. Destacaram-se negativamente as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1.798 vagas), o grupo de outras atividades (-1.387 vagas) e o varejo de materiais de construção (-1.217 vagas).
Considerando apenas os resultados apurados nos meses de junho, observa-se que o saldo negativo de 2018 é o pior desde 2015, quando foram eliminadas 6.810 vagas formais. A FecomercioSP ressalta que os dados ainda refletem o impacto da greve dos caminhoneiros, o desemprego ainda elevado, a proximidade das eleições e as projeções de desaceleração do crescimento da economia brasileira.