Corporação anunciou a abertura de 2.700 vagas para o cargo de soldado. Remuneração é de R$ 3.164,58 e podem participar homens e mulheres com ensino médio completo
A Polícia Militar publicou, no dia 3 de agosto, edital com 2.700 vagas para o cargo de soldado de 2ª classe, com o objetivo de reforçar o patrulhamento em todo o Estado de São Paulo.
Para se inscrever, é necessário ter concluído o ensino médio, ser brasileiro, ter entre 17 e 30 anos e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estar em dia com as obrigações eleitorais e militares. As mulheres precisam ter altura mínima de 1,55 m e os homens, de 1,60 m.
Os candidatos podem ter tatuagens, desde que elas não façam alusão à discriminação, violência ou seja ofensiva à PM ou aos direitos humanos.
As inscrições começam às 10h do dia 15 de agosto e seguem abertas até o dia 25 de setembro, no site www.vunesp.com.br e a taxa de participação custa R$ 50,00.
A prova objetiva está prevista para o dia 24 de novembro, com 20 questões de Língua Portuguesa e interpretação de textos, 14 de Matemática, 14 de conhecimentos gerais, 6 de noções básicas de informática e 6 de noções de administração pública, além de uma redação.
Os classificados na prova objetiva ainda passarão por exames (de aptidão física, de saúde e psicológicos), avaliação da conduta social, reputação e idoneidade e análise de documentos. Se aprovados em todas as etapas, receberão remuneração de R$ 3.164,58, já incluído o salário-base, o Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) e adicional de insalubridade.
Alta concorrência
Porém, quem deseja ser aprovado no concurso da Polícia Militar precisa se preparar bem para as provas, pois a concorrência é alta. Segundo a Vunesp, organizadora do concurso, 105 mil candidatos se inscreveram no último concurso para o mesmo número de vagas atualmente disponível, o que significou quase 40 concorrentes para cada oportunidade.
Porém, alguns fatores devem ser levados em conta na análise desses números, segundo o professor e diretor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto. “Na média, 50% dos candidatos não comparecem à prova e entre os que prestam o concurso, nem todos estão preparados”, diz.
Mesmo assim, ainda sobram muito mais candidatos do que vagas oferecidas. Por isso, ganha ainda mais importância estabelecer uma rotina de estudos das disciplinas solicitadas na prova objetiva e revisar o conteúdo regularmente. “Há candidatos que já estão com a cabeça nos testes de avaliação física, mas não adianta pensar em uma etapa posterior, sem antes se dedicar nesta primeira fase”, orienta.
Allan Walker Geraldo, 27 anos, sabe bem do que está falando o professor. Ele vem prestando o concurso da Polícia Militar desde 2016 e tem percebido que os exames estão cada vez mais difíceis. No último ano, mesmo após meses de preparo, deixou a classificação na prova objetiva escapar por apenas dois pontos .
Algo, no entanto, que não espera repetir no processo seletivo deste ano. Por isso, não desanima e guarda com carinho as apostilas de estudos e deve reforçar a preparação nos meses que antecede a prova.
Walker atua hoje como gerente de um centro automotivo, mas não pensa duas vezes em deixar o segmento, caso venha a ser aprovado para ingresso na PM de São Paulo, considerada a maior instituição militar do Brasil, com efetivo de aproximadamente 100 mil policiais. E, além da paixão pela carreira militar, pesa também a remuneração.
No sangue
Este desejo de ser policial militar está no sangue e teve influência do pai, Carlos Alberto, que serviu como soldado voluntário no Exército por quatro anos e logo ingressou na PM. “Além de mim, tenho um irmão que também deseja ingressar na corporação”, lembra.
Casado e com um filho de um ano de idade, Walker dispara. “Depois de ser pai, entrar na Polícia Militar seria a minha maior realização”. Caso isso aconteça, ele tem plena ciência da importância das atribuições de um soldado, entre as quais estão incluídas a realização de policiamento ostensivo e preservação da ordem pública, o que envolve a repressão aos crimes e a aplicação da lei, seguindo sempre o princípio da defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana.