A projeção é da Mitsidi Projetos, que realizou o estudo “Potencial de Empregos para o Setor de Eficiência Energética no Brasil”.
A principal constatação do 15º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee), realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), é que o setor de energia abrirá muitas vagas. O estudo teve como objetivo fazer uma previsão sobre a geração de empregos ligados à área. Segundo o Acordo de Paris, o Brasil precisa alcançar 10% de ganhos em eficiência energética até 2030, tendo como referência o consumo de energia em 2005. Para 2020, são estimados 482,4 mil vagas e 871,1 mil até 2025.
Para o presidente da Abesco, Alexandre Moana, o saldo é bastante positivo quanto ao potencial de criação de empregos nesta área até a próxima década. “Acreditamos que a eficiência energética seja o futuro da responsabilidade humana perante o meio ambiente e os recursos. Por isso, é natural que sejam abertos tantos empregos ligados à temática”, diz. Moana destacou ainda que a previsão de crescimento daqui para frente é impulsionada pela maior preocupação ambiental.
Um trabalho em eficiência energética pode englobar uma série de profissionais. Entre eles, consultores de edificações ou de operação e manutenção eficientes em prédios e indústrias. Emprega também pessoas que executam ações mais simples, como trocas de lâmpadas por outras mais eficazes ou que descobrem e corrigem vazamentos de ar comprimido na indústria, por exemplo.
Acordo de Paris
O acordo foi adotado por 195 países em 2015, quando eles se comprometeram em reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Brasil concluiu sua ratificação em 2016. Em documento, encaminhado à ONU, assumiu o compromisso de diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005 até 2025, e em 43% até 2030.