O que fazer com o quinto lote de restituição do IR

27 de outubro de 2025

Escrito por: Redação O Amarelinho

O pagamento do quinto e último lote de restituição do Imposto de Renda (IR) de 2025, que aconteceu no dia 30 de setembro, é uma oportunidade para muitos brasileiros que buscam reorganizar suas finanças. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Opinion Box, encomendada pela Serasa, 67% dos entrevistados pretendem usar o recurso para resolver pendências financeiras. 

Entre eles, 25% disseram que o valor será utilizado para pagar dívidas em atraso; 23% para contas básicas, como luz, água e aluguel; e 11% para resolver um débito inesperado. Além disso, 8% planejam usar a restituição para limpar o nome.

O especialista em educação financeira da Serasa, Thiago Ramos, destaca que a restituição do IR deve fazer parte do planejamento fixo do consumidor. Segundo ele, o ideal é que o contribuinte se prepare ao longo do ano, guardando comprovantes, o que facilita o processo e possibilita aproveitar melhor uma eventual restituição. 

Ramos também recomenda encontrar um equilíbrio entre o pagamento de dívidas e iniciar uma reserva para imprevistos. “Mesmo que seja pouco, guardar parte da restituição pode ser o início de uma educação financeira saudável”, orienta.

A Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) recomenda o mesmo, enfatizando a importância de perceber a restituição como uma oportunidade de ajuste financeiro e não de consumo imediato.

Para aqueles que não têm dívidas, o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, explica é possível usar a restituição como investimento, de acordo com os objetivos da família e considerando metas de curto, médio e longo prazo. 

Segundo o estudo da Serasa em parceria com a Opinion Box, 16% dos entrevistados planejam poupar o valor ressarcido do IR, enquanto 14% pretendem investir e 2% desejam empreender.

Conheça as aplicações disponíveis

Caso a intenção seja o retorno em curto prazo, Domingos indica fazer aplicações na caderneta de poupança, pois permite o resgate imediato, sem taxas. Porém, para rendimentos a médio prazo, investir em renda fixa pode ser mais vantajoso.

Os títulos pós-fixados do Tesouro, com retorno atrelado à taxa Selic, são um exemplo, pois contam com liquidez diária e permitem ao investidor acessar o valor aplicado a qualquer hora. Domingos também cita os Certificados de Depósito Bancário (CDB) comercializados com prazos determinados como atrativos.

Já para quem está disposto a esperar mais e não tem pressa pelo retorno, a Abefin e a Bolsa de Valores do Brasil (B3) recomendam os fundos de investimento imobiliário (FII) como alternativa de investimento em renda variável para obter ganhos maiores. No entanto, esses ativos têm variação imprevisível, oferecendo mais riscos.

Existem muitos tipos de ativos e, para entender melhor as opções disponíveis, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) destaca a importância de buscar informações em fontes oficiais. Consumir conteúdos de um blog de investimentos, acompanhar newsletters e redes sociais de educadores financeiros e acessar portais especializados são ótimas práticas.

Outras alternativas para o uso da restituição

Além de quitar dívidas e investir, o economista e professor do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Alex Roberto, orienta que a restituição do Imposto de Renda também pode ser direcionada para as despesas de fim de ano.

Em entrevista à imprensa, ele destaca que, para quem tem filho, é comum que surjam gastos sazonais como matrícula escolar e compra de materiais no início do ano. Também há outras despesas que costumam, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Ao optar pelo pagamento à vista de alguns impostos, é possível obter descontos. No caso do IPTU, pode variar de 5% a 10%, conforme informações da Abefin, a qual indica que essa pode ser uma boa oportunidade para economizar.

Outro destino interessante para a restituição, segundo o economista Alex Roberto, é investir no aprimoramento profissional. Fazer cursos e obter novas certificações pode ser uma forma de melhorar as qualificações e aumentar as chances de crescimento na carreira.

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