Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com base no fim do mês de fevereiro deste ano, apontam que 7,5 milhões de pessoas estavam desempregadas no Brasil, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 6,8% da população economicamente ativa.
A boa notícia é que, mesmo diante de um cenário macroeconômico mundial instável, o Brasil segue gerando oportunidades por meio de vagas temporárias. Neste sentido, a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) estima que cerca de 630 mil contratos temporários sejam firmados entre os meses de abril e junho de 2025, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2024.
Vale destacar que, neste período, importantes datas contribuem para uma projeção otimista, como Dia das Mães (maio) e Dia dos Namorados (junho).
Onde estão essa vagas
O crescimento no número de vagas com período predeterminado tem sido impulsionado por setores como Agronegócio, Logística, E-commerce, Indústrias Têxtil, de Embalagens e Papel e Celulose, que mantêm o ritmo de produção para atender às demandas do segundo trimestre. Essas oportunidades, segundo a própria associação, estão distribuídas entre os segmentos da Indústria (40%), Serviços (30%), Comércio (25%) e outros (5%).
Público diverso
Alexandre Leite Lopes, presidente da Asserttem, destaca que as empresas têm utilizado o trabalho temporário para se adequar às oscilações da economia. Além disso, a modalidade tem contribuído para ampliar as oportunidades no mercado formal, inclusive contratando um público diverso, composto também por jovens em busca do primeiro emprego, mulheres — inclusive gestantes — e pessoas acima de 40 anos, que buscam recolocação. “O trabalho temporário se consolida como uma ferramenta estratégica de inclusão social, pois permite que trabalhadores tenham acesso a todos os direitos garantidos por lei, além de auxiliar na sua qualificação e reinserção no mundo do trabalho”, acrescenta.
Dinamismo do setor
Os números estimados para o segundo trimestre vêm confirmar o dinamismo do setor, já que 800 mil contratos temporários foram firmados entre janeiro e março de 2025.
Em relação ao futuro, Leite acredita, por exemplo, que o impacto da guerra tarifária global ainda é muito incerto e pode tanto beneficiar como prejudicar o volume de contratações temporárias. “Por este motivo, esta questão não está sendo considerada na estimativa do segundo trimestre. Caso venha a gerar algum impacto, isso se refletirá nas projeções dos próximos trimestres deste ano”, conclui.