“O empoderamento das meninas vem da educação, tem a ver com emancipação”. A frase é da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que defende a educação a longo prazo como melhor investimento para o desenvolvimento das mulheres na sociedade. Ela pretende promover o ensino entre as comunidades afro-brasileiras.
Baleada pelo Talibã por se manifestar contra a proibição da educação para mulheres, Malala ficou famosa aos 15 anos e foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz, dois anos depois. Ela esteve no Brasil e participou de evento promovido pelo Itaú Unibanco, na capital paulista.
Malala quer promover a educação entre as comunidades menos favorecidas do Brasil, especialmente as afro-brasileiras. A ativista disse que um de seus objetivos no Brasil é “achar meios para que as 1,5 milhão de meninas (atualmente foras da escola) tenham acesso à educação”.
O plano de Malala é anunciar, em breve, um projeto para que a educação seja abordada pelas campanhas eleitorais. “Trabalhando junto com os defensores da educação, é possível dar a todas as pessoas que vêm das camadas menos privilegiadas a esperança de que se sintam seguras em receber educação de alta qualidade”, disse.
Segundo a própria Malala, parte da coragem dela veio de seus pais que, apesar de viverem um país com intensa repressão, nunca a impediam de expressar seus pensamentos. “O papel dos pais e das mães é fundamental no empoderamento feminino”, ressaltou. “É importante que as mulheres se expressem, as mulheres precisam quebrar essas barreiras”, completou a jovem ativista.