Ensino técnico é ministrado em diversas áreas de formação e tem possibilitado uma maior empregabilidade.
Conquistar rapidamente uma oportunidade de trabalho é o sonho de milhões de brasileiros. Porém, muitas vezes, para concretizar este desejo é necessário buscar uma melhor qualificação e, neste sentido, a formação técnica profissionalizante tem funcionado como um passaporte para quem quer deixar para trás a longa espera por uma vaga de emprego.
A boa notícia para quem quer seguir essa trajetória é que estão abertas até 12 de novembro as inscrições para o Vestibulinho das Escolas Técnicas Estaduais (ETECs), que oferece 86.939 vagas gratuitas para o primeiro semestre de 2020, distribuídas em diversas áreas de formação, como Administração, Desenvolvimento de Sistemas, Edificações, Eletrotécnica, Enfermagem, Gestão Ambiental, Gestão de Projetos, Logística, Mecânica, Nutrição e Dietética, Organização de Eventos Corporativos, Produção Cultural, Química, RH e Segurança do Trabalho.
Para fazer o curso técnico integrado ao médio, é necessário ter concluído o nível fundamental. Para os cursos técnicos modulares, o candidato precisa estar cursando no mínimo o segundo ano do ensino médio. Essas exigências devem ser comprovadas no ato da matrícula, prevista para fevereiro do próximo ano. A inscrição deve ser feita pelo site www.vestibulinhoetec.com.br e a taxa de inscrição custa R$ 30,00.
O vestibulinho das ETECs tem ainda um caráter de inclusão social, concedendo bônus de 3% a estudantes afrodescendentes e de 10% a candidatos oriundos da rede pública. Caso o aluno se enquadre nas duas situações, obtém 13% de bônus sobre a nota obtida no exame, que será realizado em 15 de dezembro, às 13h30.
De acordo com a professora Sabrina Gomes, diretora do Grupo de Supervisão Educacional do Centro Paula Souza, que administra as ETECs, a formação técnica impacta positivamente na vida profissional dos alunos egressos dos cursos. “Cerca de 70% dos técnicos formados nas ETECs estão empregados até um ano, após a conclusão do curso.”
Este êxito está ligado muito à entrega de uma mão de obra que atenda às necessidades reais das empresas. Para isso, o Centro Paula Souza possui um departamento para elaboração e atualização curricular. “A meta é que os cursos sejam atualizados no máximo a cada três anos, de forma a acompanhar as mudanças do setor produtivo”, explica Sabrina.
Saber da alta empregabilidade proporcionada pela formação profissionalizante é o que motivou Jalison Silva Martins, 24 anos, a buscar o curso técnico de Enfermagem, na ETEC Parque da Juventude, em São Paulo. Estudante do quarto e último semestre, ele comemora o fato de ter uma garantia de emprego, assim que se formar. “Aqui, além do conteúdo teórico, temos muitas atividades práticas, fora a participação nos campos de estágio. Isso ajuda muito”, diz.
Porém, antes de chegar a esta situação mais confortável, Martins teve que se esforçar bastante. No final de 2017, quando prestou o exame, descobriu que a concorrência para o curso de Enfermagem apresentava mais de 30 candidatos por vaga. E aí o jeito foi estudar muito. “Na época, trabalhava na área de Telemarketing, mas reservava pelo menos duas horas por dia para se preparar para a prova”, acrescenta.
Novos caminhos
De olho em futuros profissionais, como Jalison, o Ministério da Educação anunciou recentemente o programa “Novos Caminhos”, um conjunto de ações para o fortalecimento da política de educação profissional e tecnológica alinhado às demandas do setor produtivo e às transformações produzidas pelos processos de inovação tecnológica.
O programa é parte de um propósito que pretende elevar em 80% o total de matrículas em cursos técnicos e de qualificação profissional até 2023, alcançando 3,4 milhões de matrículas e contribuindo para a inserção de jovens e trabalhadores no mercado, além de alavancar e competitividade de diversos setores da economia.
Novos caminhos que podem significar novas oportunidades de trabalho. É o que esperam milhões de brasileiros.