Edson José Rodrigues e Natan Santos de Oliveira verificam disjuntores durante o curso.
O Cedesp – Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo, mantido pelo Instituto Rogacionista Santo Aníbal, está com matrículas abertas para o curso gratuito de Eletricista Residencial. São duas turmas com 30 vagas cada, com aulas das 8h às 12h ou das 13h às 17h, com direito a café da manhã, almoço e lanche da tarde.
Os interessados devem ter entre 18 e 59 anos, morar na região da Água Branca, Lapa, Jaguaré, Perdizes, Barra Funda, Jaguara, Vila Leopoldina e Pompeia. Não há processo seletivo e a vaga é garantida por ordem de inscrição, que deve ser feita até 19 de junho, de segunda a quinta-feira, das 9h às 11h ou das 14h às 16h, na Avenida Santa Marina, 534, Água Branca, São Paulo. Para fazer a matrícula, é preciso apresentar uma foto 3×4, duas cópias do CPF e RG e uma do comprovante de residência, da declaração ou histórico escolar e o Número de Identidade Social (NIS). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3611-0977, ramal 27.
Segundo a coordenadora pedagógica Sandra Marçal Costa, o curso tem 160 horas de carga horária. Ele começará no dia 17 de julho e terminará em 19 de dezembro, quando os alunos receberão o certificado emitido pela Senai e Cedesp. “´Nossos educadores são treinados pelo Senai, que seguem todo o programa da instituição”, afirma.
O educador Natan Santos de Oliveira diz que o aluno tem aulas teóricas e práticas sobre montagem de circuitos elétricos e planta baixa, simulando instalações residenciais, quando aprende manutenção e elaboração de projetos de instalação elétrica em residências. Eles recebem também noções de elétrica e alvenaria.
Para o desempregado e agora eletricista autônomo Edson José Rodrigues, de 54 anos, o curso, que encontrou pelo jornal O Amarelinho, foi um achado. “Meu último emprego foi em uma metalúrgica há oito anos. Desde então, estou desempregado, vivendo de bicos de pedreiro e pintor de casa para sobreviver. Então, estava procurando algum curso de elétrica de graça para fazer, porque na minha área é difícil uma recolocação. Até porque diminuiu muito as metalúrgicas em São Paulo e as empresas que ficaram preferem os mais jovens”, constata.
Rodrigues vai se formar em julho deste ano, mas já faz alguns trabalhos para vizinhos. Ele sempre quis tentar uma nova profissão e está entusiasmado. “O curso é maravilhoso. Entrei sem saber nada de elétrica, até com medo de levar alguns choques. Aprendi bastante aqui, mas sei que ainda tenho muito que evoluir para ser um profissional completo. Porém, já tenho um rumo para sobreviver com dignidade, inclusive melhorando a vida da minha mulher e meus dois filhos. Estou renascendo para o mundo do trabalho e o convívio com meus colegas de curso e educadores abriu minha cabeça”, confessa.