A constatação é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
A indústria paulista criou 1.000 postos de trabalho no mês de julho. No acumulado do ano, a geração de novas vagas totalizou 17.000 oportunidades. Mesmo sendo um resultado positivo, o número é inferior à média histórica de contratação para o período, que é de 43.000 novos postos.
A constatação é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que elaboraram a Pesquisa de Nível de Emprego.
O ritmo abaixo do esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos caminhoneiros, explica o menor número de vagas criadas. “Há cautela entre os empresários, provocada pela incerteza em relação ao custo do frete rodoviário e à eleição de outubro”, destacou o presidente da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz.
Dos 22 setores industriais pesquisados, 11 contrataram mais do que demitiram, 3 ficaram estáveis e 8 cortaram vagas. O destaque entre os que contrataram funcionários ficou com o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 1.585 vagas abertas em julho. No setor de máquinas e equipamentos foram criados 1.311 postos de trabalho e em produtos diversos, 1.252.
No sentido contrário, com fechamento de vagas, aparecem o setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios, que fechou com 2.738 vagas, e produtos alimentícios, que registrou redução de 664 postos de trabalho.
“Não há fato novo que faça prever melhora do emprego até o final do ano. Nos últimos dez anos, somente em um deles, 2010, houve criação de empregos. Isso é muito ruim, porque a indústria sempre foi a mola propulsora do desenvolvimento de São Paulo. Passar esse longo tempo sem gerar mais empregos, com baixo investimento, é muito preocupante”, finalizou José Ricardo Roriz, presidente em exercício da Fiesp e do Ciesp.