Desempregados revelam suas expectativas em relação ao novo governador de São Paulo e o presidente da República.
No primeiro e segundo turnos das eleições deste ano, o Amarelinho perguntou aos candidatos ao Governo do Estado de São Paulo e à Presidência da República quais eram seus programas para combater o desemprego e ajudar o trabalhador brasileiro. Os leitores do jornal puderam ler as propostas dos que responderam aos questionamentos e votar no candidato de sua preferência. Agora, com a eleição de João Dória a governador de São Paulo e Jair Bolsonaro a presidente do Brasil, os desempregados dizem quais são suas expectativas para o futuro.
Elenice de Jesus, 51 anos, encarregada de limpeza
Espero que eles ajudem a população pobre deste País com mais oportunidades de emprego. Vou dar um voto de confiança porque sei que o desemprego na situação em que está não é um problema fácil de resolver, mas se não derem um jeito, daqui a quatro anos vão ter que prestar contas com a população.
Onildo Batista, 55 anos, ajudante de pedreiro
Espero que mudem alguma coisa, porque do jeito que está não pode continuar. É preciso melhorar a área da Construção Civil, que gera muitos empregos. Com esta paradeira, só tenho conseguido vaga como temporário.
Glauber Tavares, 30 anos, copeiro
Se eles cumprirem metade das promessas feitas com relação desemprego, já está muito bom. Espero que deem um jeito de ajudar o trabalhador que vem sendo muito maltratado nos últimos anos. Eu mesmo estou procurando uma vaga há um ano.
Misleanne de Carvalho, 28 anos, operadora de telemarketing
Minha esperança é de que o novo presidente abra mais vagas e que o salário aumente, porque as empresas estão aproveitando a crise para oferecer bem menos do que precisamos.
Fernanda de Paula, 28 anos, atendente de bilheteria
Quero que abra mais oportunidades. Não espero muita coisa dos eleitos, mas torço para que eles me surpreendam. Acho que poderiam tomar uma medida conjunta para baixar os impostos e os juros para as empresas investirem mais e contratar.
Alessandra Bustamante Moreira, 45, vendedora
Sou de Minas Gerais e acabei de vender minha parte numa sociedade com meu irmão em uma loja de construção e estou procurando emprego. Acho que a política é uma caixinha de surpresas e, por isso, não tenho muita esperança de que as coisas vão mudar.
Patrícia Nunes, 33 anos, auxiliar administrativa
Estou desempregada há dois anos, desde que saí porque tinha de cuidar da minha filha. Agora estou tentando voltar ao trabalho, mas está difícil. As empresas estão fechando em vez de contratar.
Gilberto Aparecido dos Santos, 45 anos, porteiro
Apesar da experiência de 11 anos na área, faz oito meses que estou procurando uma recolocação. É muito triste o trabalhador ficar desempregado. Por isso, espero que o novo presidente consiga combater esta crise.
Rodésia de Almeida, 31 anos, atendimento ao cliente
Não espero muita coisa, não. É um problema estrutural, com uma grande dívida pública. Os dois não vão conseguir fazer milagres e não adianta se iludir.