Para não ser prejudicado no mercado de trabalho, é importante seguir a netiqueta, um conjunto de regras e normas que orienta sobre o bom uso dessas mídias.
Você sabia que o seu comportamento nas redes sociais pode ser determinante para a conquista ou perda de uma oportunidade de trabalho? O alerta é do palestrante e especialista em Marketing Digital, Flávio Muniz. Segundo ele, as pessoas esquecem que a imagem delas nesses meios interfere também nas relações profissionais.
Com base neste cenário, é que surgiu a netiqueta (palavra decorrente da fusão de duas palavras: network, que significa rede, com o termo “etiquette“, ou etiqueta). Trata-se de um conjunto de regras e normas que orienta sobre o bom uso da internet e redes sociais, mas que nem sempre é observado no mundo virtual. “Muitas pessoas não as seguem porque acham que estão protegidas pelo anonimato, que podem falar o que pensam, sem nenhuma punição ou consequência”, diz.
Porém, segundo o especialista, não é difícil seguir as regras da Netiqueta e, neste sentido, há uma orientação primordial: não postar o que não faria ou falaria cara a cara. Antes, é preciso se questionar: eu faria isso na frente de todo mundo?
Os profissionais precisam entender a necessidade de preservação da sua imagem. Prova disso é que uma pesquisa do Instituto Ibero Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC) mostrou que o comportamento nas redes pode influenciar na promoção de um profissional ou levá-lo à demissão. “O comportamento nas redes é levado em conta tanto na contratação quanto ao longo da permanência do profissional no emprego.”
De olho nas redes
E boa parte das empresas estão de olho no que acontece nas redes sociais, antes de contratar um profissional. “Muitas, inclusive, já têm refeito os contratos de trabalho dos funcionários, incluindo cláusulas sobre o comportamento nas redes sociais e sobre o uso de aparelhos tecnológicos”, acrescenta Muniz.
Ele lembra que algumas situações inadequadas depõem contra os profissionais e, muitas vezes, passam desapercebidas. Há casos, por exemplo, nos quais o funcionário fala mal da empresa em que trabalha, do chefe, dos colegas, dos clientes, reclama do salário, do uniforme. “Isso pode até causar uma demissão por justa causa”, entende.
E há outras questões não diretamente ligadas à organização, mas que expõem um lado que pode conflitar com o posicionamento de determinada empresa. “Exemplos são postagens que envolvem uso de bebidas alcoólicas, gírias, palavrões, fotos com roupas íntimas ou de praia. É interessante que essas mídias só sejam compartilhadas com os amigos próximos e, mesmo assim, com cuidado”, orienta.