Para José Carlos do Carmo, outras áreas também deveriam fazer pesquisas.
Fábricas do setor na região preenchem 96,2% da Lei de Cotas e mais da metade que não são obrigadas a cumprir a legislação mantêm trabalhadores com deficiência em seus quadros. Este foi o resultado da pesquisa “Lei de Cotas – Trabalhadores com Deficiência no Setor Metalúrgico de Osasco e Região”, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, divulgado no final de fevereiro. Segundo o Sindicato, os dados permitem colocar a discussão na mesa de negociações com o setor patronal e mostrar a possibilidade de qualquer segmento do setor poder contar com pessoas com deficiência em seus quadros.
Além do diagnóstico das contratações, a pesquisa ainda pode ser um instrumento para colaborar com a inclusão por meio de um trabalho de sensibilização. Para Ronaldo Freixeda, gerente regional do trabalho em Osasco, o estudo mostrou que é possível chamar as empresas que não cumprem a Lei de Cotas para uma mesa de entendimento com o objetivo de debater o assunto.
Segundo José Carlos do Carmo (Kal), auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, outros setores deveriam investir em pesquisas semelhantes. “É muito importante que tenhamos este tipo de preocupação. Ou a gente levanta estas informações ou ficaremos sempre no achismo das coisas. Se quisermos ter condições de avaliar o resultado concreto, até para que a gente possa, se necessário, corrigir o rumo das coisas, temos que fazer este tipo de estudo para trabalharmos com dados concretos”, alerta o auditor fiscal.