Desde que o mundo é mundo, mulheres têm maior dificuldade dentro do mercado de trabalho. A prova disso é que recentes pesquisas realizadas mostram que apesar de o número de mulheres formadas serem maior do que o número de homens formados, no mercado de trabalho o número maior de formados atuantes são homens.
Embora seja considerado crime a discriminação por gênero no país, muitas vezes esse preconceito aparece de forma mascarada nas empresas, mas muito transparente para quem é vítima disso.
Em muitos anúncios de vagas, empresários questionam o querer ter filhos em caso de necessidade de contratação do sexo feminino.
Mães sofrem o dobro para conseguir entrar no mercado de trabalho: em pesquisa recente, foi comprovado que mulheres com filhos demoram cerca de três anos para conseguir recolocação no mercado de trabalho, enquanto essa ocorrência acontece somente em 2% no caso do sexo masculino.
A mesma pesquisa mostrou que após a chegada dos filhos, as mulheres deixam o mercado de trabalho cinco vezes mais do que os homens. Em sua grande maioria, não por opção própria, mas por decisão do empregador em demitir a funcionária.
Isso se dá porque empresas acreditam que a mãe não terá tempo para assuntos corporativos por conta dos filhos, o que não passa de um conceito arcaico criado a partir da imagem que a sociedade tem da mulher: dona de casa cuja obrigação seria dedicar todo seu tempo aos filhos e a casa. Ainda existem casos de mulheres que são demitidas logo após retornarem da licença maternidade por conta do mesmo ideal do que a mulher deve ser dentro da sociedade.
Na falta de apoio e períodos de dificuldades, muitas mulheres, após se tornarem mães, optam por entrar no empreendedorismo abrindo seu próprio negócio: conseguem, dessa forma, conciliar trabalho e família de maneira organizada a fim de manter uma renda mensal fixa para que não lhes faltem sustento.
Ainda que exista grande dificuldade, a boa notícia é que existem empresas que incentivam mães, possibilitando que o trabalho seja feito por home office ou oferecendo horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos da criança. Algumas empresas também investem em treinamentos para que a mulher melhore a administração do próprio tempo. Além disso, algumas corporações ainda procuram aproveitar as novas habilidades adquiridas pela mulher após a maternidade.