Dados de janeiro a agosto revelam um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.
A auxiliar administrativa Juliana de Oliveira Nascimento, 29 anos, conseguiu um emprego depois de um ano e dois meses parada. Neste período, trabalhou informalmente fazendo brigadeiros gourmet e bolos de festa e também como cabeleireira.
No entanto, a renda dela alcançava apenas a metade do antigo trabalho como supervisora de loja e Juliana já pensava em entregar a casa alugada na zona leste de São Paulo para morar com familiares em Barueri. “Felizmente, deu tudo certo e estou empregada novamente”, festeja.
Já Maxwell de Oliveira Malta, 24 anos, conquistou uma vaga como ajudante geral. Ele ficou apenas três meses desempregado, mas admite que este curto período trouxe aflição, já que pretende se casar com a namorada, com quem está há cinco anos. Enquanto isso, curte o fato de ter arrumado serviço perto de casa, na região da Vila Matilde.
Juliana e Maxwell, ao serem contratados pela Alex Pães, reforçam a estatística de que as micros e pequenas empresas brasileiras geraram 475,6 mil empregos entre janeiro e agosto deste ano, um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Caged, do Ministério do Trabalho e, com base neles, o Sebrae SP projeta a criação de 550 mil a 600 mil vagas neste ano todo. Mesmo assim, segundo Pedro Gonçalves, consultor da instituição, a estimativa é conservadora. “O crescimento econômico ligeiramente maior, aliado à oferta de empregos de final do ano, pode melhorar ainda mais este cenário”, acredita.
Os números confirmam a força das micro e pequenas empresas como grandes geradoras de empregos, já que 85% de todas as vagas de 2018 foram abertas por elas, principalmente no setor de Serviços, com destaque para segmentos como o imobiliário e de educação.