Construção civil se destaca na geração de empregos

5 de setembro de 2024

Escrito por: Claudinei Nascimento

O setor da Construção Civil vive um bom momento em relação a unidades residenciais lançadas e vendidas. Levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostra que, no segundo trimestre deste ano, foram lançadas 83.930 unidades residenciais, aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Quando o assunto são unidades vendidas, o número sobe para 93.743 unidades, crescimento de 8,5% comparado ao ano anterior.

Esses números interessam diretamente aos trabalhadores do segmento ( que, em junho deste ano, somava 2,929 milhões de operários), pois significa uma alta contínua das contratações. Como exemplo, no acumulado do primeiro semestre de 2024, a Construção Civil contabilizou a criação de 180.779 novos postos de trabalho, crescimento de 6,74% em relação ao mesmo período de 2023.

E esses números devem continuar expressivos nesta última metade do ano, a partir da expectativa positiva das empresas para compras e lançamentos, aliados a uma projeção positiva para o crescimento da economia brasileira, além dos efeitos positivos das adequações realizadas no programa Minha Casa Minha Vida.

Falta de qualificação

Entretanto, se sobram vagas na área da Construção Civil, há um consenso também de que faltam profissionais qualificados para preenchê-las. De acordo com David Fratel, coordenador do Grupo de Trabalho de RH do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de São Paulo, alguns fatores explicam este apagão de mão de obra. “A média de idade (41 anos) dos profissionais da construção é alta para um segmento que exige grande esforço físico e não tem conseguido atrair os mais jovens, cujo perfil não condiz com a atual realidade deste mercado, que precisa se industrializar, modernizar-se com ferramentas digitais, para atrair uma nova geração, que é multidisciplinar”, diz. 

Oportunidades 

Diante deste cenário, é imperativa a necessidade de se promover iniciativas de capacitação profissional. O próprio Sinduscon-SP tem firmado parceria com instituições como o Senai-SP,  que oferece cursos em diversas áreas, entre as quais Elétrica, Hidráulica, Carpintaria, Alvenaria, Manutenção Predial,  sendo que alguns deles oferecem bolsas aos participantes (informações pelo link bit.ly/471ftal). “Para quem aposta na qualificação no setor de Construção Civil, a empregabilidade é certa, mas é preciso entender que o aprendizado, por conta das inovações, deve ser contínuo”, diz Fratel.

O Fundo Social de São Paulo (FUSSP) também contribui com a capacitação na área, por meio da Escola da Construção Civil, que oferece os cursos gratuitos de Assentador de Pisos e Azulejos e Pedreiro – Construtor de Alvenaria. As inscrições estão permanentemente abertas por meio do site do FUSSP.

Remuneração

A remuneração média do segmento da Construção Civil varia de R$ 2.000,00 (serventes) a R$ 10.000,00 (mestre de obras), mas pode ser ainda maior de acordo com Fratel. “Profissionais que mostram dedicação, comprometimento, que  produzem e sabem trabalhar em equipe, entre outras exigências, podem ter salários ainda maiores”, destaca.  

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