Na capital paulista, o comércio sofreu prejuízos de 6,1%, com a paralisação nacional dos caminhoneiros. O índice é de levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A entidade aponta também que, nas vendas à vista, a queda foi de 7,1% na quinzena, enquanto as vendas a prazo recuaram 5%.
A pesquisa abrange os ramos duráveis (como móveis e eletrodomésticos) e semiduráveis (roupas, calçados, acessórios). Não considera supermercados, postos de gasolina, e-commerce e concessionárias de veículos. Nesses segmentos, os prejuízos foram ainda maiores.
O presidente da ACSP, Alencar Burti, aponta outras dificuldades decorrentes da paralisação: “O governo deveria prorrogar o prazo de pagamento de impostos ou parcelar, porque as empresas estão com problema de caixa”.
Nos dados fechados de maio, a entidade verificou uma queda média de 1,7% nas vendas. A ACSP aponta “leve alta de 2,1% nas vendas a crédito (bens duráveis) e queda de 5,4% nas comercializações à vista (semiduráveis)”.
“Cada um de nós pagará sua parcela, é um dinheiro que vai e não volta, o governo não vai bancar. Assim, não existe greve contra o governo: a greve é contra a população. Os grevistas a utilizam para pressionar o governo a atender seus interesses, e no fim a conta sempre recai sobre o consumidor”, afirma Burti.