Cresce bastante o número de trabalhadores que atuam no mercado de entrega rápida, por meio de aplicativos. Associação foi criada para trazer uma maior profissionalização ao segmento.
O país vive momentos de estagnação econômica, mas o setor de entrega rápida não tem do que reclamar. Levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo mostra que mais de 12 mil profissionais do setor se tornaram Microempreendedores Individuais (MEIs) somente em 2018, o que representou um aumento de 165% no número de formalizados em relação ao ano anterior e cerca de 50% dos 24 mil profissionais que aceleram sobre duas rodas para garantir o pão de cada dia.
Para a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Aline Cardoso, o crescimento de trabalhadores nesse setor se deve a uma nova dinâmica da sociedade paulistana que, por viver em uma megalópole, necessita cada vez mais de serviços de entrega rápida para documentos, materiais, compras e alimentação. “Por outro lado, o momento econômico do país faz com que as pessoas sem emprego formal aproveitem o crescimento desse setor e busquem novas formas de geração de renda”, diz.
No setor, atuam profissionais como Leandro de Souza Lopes, 30 anos. Ele não é um novato na área, mas admite que trabalhou na informalidade por cerca de seis anos, antes de buscar oportunidades com carteira assinada por “pressão familiar”, em nome de direitos como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e férias. Ele até chegou a trabalhar por certo tempo sob o regime da CLT, mas não se sentia bem recompensado financeiramente. “Houve um tempo em que estava pagando para trabalhar”, diz.
Insatisfeito, ele decidiu se formalizar como microempreendedor individual e, para trabalhar com os aplicativos de intermediação de entrega rápida, se adequou à lei municipal, capacitando-se para atuar como motofretista. “Hoje, faço o meu próprio horário, de maneira mais flexível. Com força de vontade, é possível ganhar mais do que no regime CLT”, garante.
No setor, atuam profissionais como Leandro de Souza Lopes, 30 anos. Ele não é um novato na área, mas admite que trabalhou na informalidade por cerca de seis anos, antes de buscar oportunidades com carteira assinada por “pressão familiar”, em nome de direitos como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e férias. Ele até chegou a trabalhar por certo tempo sob o regime da CLT, mas não se sentia bem recompensado financeiramente. “Houve um tempo em que estava pagando para trabalhar”, diz.
Insatisfeito, ele decidiu se formalizar como microempreendedor individual e, para trabalhar com os aplicativos de intermediação de entrega rápida, se adequou à lei municipal, capacitando-se para atuar como motofretista. “Hoje, faço o meu próprio horário, de maneira mais flexível. Com força de vontade, é possível ganhar mais do que no regime CLT”, garante.
“Fora da curva”
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (AMABR), Robson de Souza Raimundo, quando surgiram os aplicativos, a remuneração era totalmente fora da curva, com profissionais chegando a tirar
R$ 15 mil mensais, por conta da alta porcentagem paga para cada entrega. Hoje, a situação mudou de figura, com mais trabalhadores correndo atrás dos mesmos serviços e pagamentos mais próximos à realidade de mercado.
Segurança
Também motofretista, o presidente da associação, Edgard Francisco da Silva, o Gringo, entende que a alta nos índices de desemprego naturalmente leva muitos profissionais a migrar para outras profissões, o que explica o crescimento acelerado do segmento de entrega rápida, mas adverte. “É preciso que as empresas contratantes entendam a importância de promover um ambiente seguro, buscando profissionais que respeitem as regulamentações existentes”, diz.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (AMABR), Robson de Souza Raimundo, quando surgiram os aplicativos, a remuneração era totalmente fora da curva, com profissionais chegando a tirar
R$ 15 mil mensais, por conta da alta porcentagem paga para cada entrega. Hoje, a situação mudou de figura, com mais trabalhadores correndo atrás dos mesmos serviços e pagamentos mais próximos à realidade de mercado.
Segurança
Também motofretista, o presidente da associação, Edgard Francisco da Silva, o Gringo, entende que a alta nos índices de desemprego naturalmente leva muitos profissionais a migrar para outras profissões, o que explica o crescimento acelerado do segmento de entrega rápida, mas adverte. “É preciso que as empresas contratantes entendam a importância de promover um ambiente seguro, buscando profissionais que respeitem as regulamentações existentes”, diz.
Por isso, trabalhadores da área de entrega rápida estão no radar da AMABR. Criada há apenas um ano, ela já tem 1.500 associados, com potencial para agrupar cerca de 50 mil. De acordo com Raimundo, o crescimento do setor é bem-vindo, mas a profissionalização de quem atua no segmento é necessária. Segundo ele, há a lei federal do motofrete (12009/09), a qual exige que o profissional tenha no mínimo 21 anos de idade, dois anos de CNH, aprovação em curso especializado por órgãos de trânsito e esteja vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos. Há ainda a lei municipal 14.491/07, com particularidades para quem roda em São Paulo, como dirigir motocicleta com, no máximo, oito anos de uso; instalação de antena para proteção da integridade do condutor contra linhas de cerol, fios e cabos aéreos e de equipamento de proteção de membros inferiores, como o mata-cachorro. “A segurança é parte da profissionalização e importante para a construção de um trânsito harmonioso”, destaca o vice-presidente da AMABR.