Uma das formas mais comuns de perder pontos importantes em um processo seletivo para uma vaga de emprego é cometer falhas no uso da Língua Portuguesa, principalmente na hora de montar o currículo. Independentemente do erro, muitos recrutadores encaram a situação como desatenção ou falta de domínio do idioma, o que pode prejudicar os candidatos.
Para Juliana Malaquias, supervisora de Desenvolvimento Humano e Organizacional do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), o currículo precisa reunir informações claras e diretas sobre qualificação profissional, formações complementares e experiências profissionais anteriores. “Para isso, a utilização de maneira correta da nossa língua é fundamental”, diz. O emprego do verbo haver, por exemplo, costuma confundir muita gente. Segundo a norma culta da língua, ele não deve ser conjugado no plural quando utilizado no sentido de existir. “Portanto, o verbo haver deve seguir sem flexão sendo o correto ‘há uma questão’ e ‘havia duas questões’. Outro escorregão recorrente é separar sujeito e verbo por vírgula. Sentenças como ‘minha formação anterior, trouxe uma experiência diferente’ estão erradas”, explica.
Por fim, vale ter atenção redobrada com o plural. Por exemplo, ao escrever uma mensagem de e-mail encaminhando o currículo e uma carta de recomendação do emprego anterior, é preciso que o verbo vá para o plural. “Seguem documentos em anexo”, e não “segue documentos em anexo”, ensina a supervisora.