Atividade permite crescimento pessoal e é muito bem visto pelo mercado de trabalho de forma geral, como constata Renato Yoshioka.
O assistente de investimentos Renato Yoshioka fazia trabalhos voluntários, mas de forma eventual. Há três anos, resolveu encarar a atividade de uma forma mais séria. Participou de um treinamento de três dias e até hoje dedica seu tempo livre a uma instituição de desenvolvimento humano e profissional.
Até então, Renato ficava na retaguarda, dando apoio a grupos. Há duas semanas, pela primeira vez fez parte da equipe de coordenação que dá apoio a profissionais que procuram o instituto. Está sendo mais um aprendizado para ele. “Eu já recebi apoio emocional e psicológico para um desenvolvimento pessoal e profissional. Agora, estou retribuindo”, afirma.
Para Renato, o trabalho voluntário está sendo de grande valia. Além do equilíbrio, ele amplia o círculo de relacionamentos, ajuda a compartilhar experiências, dá senso de responsabilidade, ensina a trabalhar em equipe e a tomar decisões.
Segundo o executivo da Mappit, Rodrigo Vianna, o trabalho voluntário é um excelente modo de evidenciar as habilidades técnicas e comportamentais, mesmo que o profissional ainda não tenha tido muitas experiências no mercado. E, no caso de um processo seletivo, é um diferencial. “Ele é muito bem visto pelas empresas de forma geral”, garante o executivo.
Os trabalhos voluntários também são úteis, muitas vezes, para desenvolver diversas habilidades técnicas, sejam relacionadas às ferramentas tecnológicas ou ao exercício da profissão em questão. Neste caso, é preciso que essas habilidades aprendidas no voluntariado estejam explícitas no currículo do profissional e sejam verbalizadas no momento da entrevista para o recrutador.
Vianna diz que quem atua como voluntário, com certeza, já passou por situações adversas. “Saber lidar com essas adversidades e contorná-las de forma inovadora têm sido uma das principais características solicitadas dos profissionais de diferentes níveis hierárquicos e áreas de atuação”, diz.