Auditores-fiscais do Ministério do Trabalho resgataram 1.246 trabalhadores em condições parecidas às de escravo.
O número foi registrado de janeiro a outubro deste ano, com 869 casos no meio urbano e 377 no campo. Isso significa quase o dobro de 2017, quando foram resgatados 645 empregados em situação degradante. Minas Gerais continua sendo o estado com o maior número de trabalhadores em situação análoga à de escravidão, seguido do Pará e Mato Grosso.
Durante as operações realizadas em 159 estabelecimentos foi pago R$ 1,7 milhão em verbas rescisórias aos resgatados. O chefe da divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Maurício Krepsky, diz que o aumento do número de trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão está ligado ao planejamento eficiente das ações de combate a essa prática ilegal. “Foi dada prioridade ao planejamento das ações com o objetivo de determinar espaço e tempo precisos para flagrar os crimes”, afirma.
As informações sobre o combate ao trabalho análogo estão no Radar do Trabalho Escravo, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Trata-se de uma ferramenta de consulta pública aos resultados da inspeção do trabalho no Brasil, que pode ser acessada no link https://sit.trabalho.gov.br/radar/.
O Radar possui também informações sobre o combate à informalidade, sonegação de FGTS, inclusão de aprendizes e pessoas com deficiência no mercado, acidentes de trabalho e ações fiscais de prevenção a acidentes e doenças, autos de infração lavrados pelos auditores-fiscais e política pública de combate ao trabalho escravo. Por meio dele, é possível qualquer cidadão ter acesso às informações de toda a história do combate ao trabalho escravo no Brasil desde 1995 e de outras ações desenvolvidas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho.
As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas nas unidades do Ministério do Trabalho em todo País e também por meio do Disque 100.