Uma pesquisa inédita realizada pela Radancy, com base em mais de 3.100 respostas coletadas entre janeiro de 2023 e abril de 2025 em diversos sites de carreira, revela que o desejo de aprender e crescer profissionalmente é o maior atrativo na hora de o candidato buscar uma posição.
Segundo os dados, 58% dos respondentes afirmam estar em busca de desafios que impulsionem sua carreira, sendo o desenvolvimento contínuo citado como fator mais atraente na escolha por uma empresa, superando quesitos como propósito, estabilidade, reconhecimento e impacto social.
De acordo com Caio Infante, vice-presidente para a América Latina da Radancy e um dos cofundadores da Employer Branding Brasil, é importante destacar que muitas empresas têm oferecido trilhas bacanas de aprendizado. Cabe então ao profissional estabelecer o seu protagonismo e tomar as rédeas de sua carreira, aproveitando esses ensinamentos. “Mas também é importante ir atrás de outros conhecimentos, pois o aprendizado é essencial para quem quer se destacar no mundo do trabalho”, diz.
Pesquisa sobre a empresa
Outro dado que chama atenção é que, por meio de visita aos sites, 82% dos candidatos afirmam ter uma boa ou excelente noção de como seria trabalhar nas empresas, mostrando que estes ambientes digitais estão cumprindo seu papel de construir uma marca empregadora.
Para obter informações sobre a organização, o candidato pode usar ainda canais como o Google, digitando a frase “como é trabalhar na empresa X”, além de ferramentas de inteligência artificial, sites de carreira, YouTube e páginas de avaliação ou posts do LinkedIn ou Instagram.
Conexões humanas
Mais um ponto destacado pelo estudo são as conexões humanas, uma vez que dois terços dos participantes relataram conhecer alguém que trabalha na empresa ou já ter lido sobre colaboradores reais. “A rede é um ativo valioso que pode ser potencializado com programas de indicação e campanhas tendo colaboradores como protagonistas”, afirma Infante.
Movimentação de mercado
O estudo também revela uma urgência de movimentação no mercado: 78% dos candidatos afirmam estar prontos para mudar de emprego imediatamente ou nos próximos meses. Segundo Infante, essas pessoas não estão procurando emprego ativamente. Entretanto, se forem contatadas, ouvirão as propostas. “Estamos vivendo uma economia superapertada e o nível de desengajamento está gigante – muitas empresas prometem e não entregam e, por outro lado, muita gente quer emprego e não trabalho, o que gera falta de compromisso”, diz.
Por fim, o especialista acredita que, mais que oferecer bons salários ou benefícios competitivos, as empresas precisam comunicar com clareza quais caminhos de crescimento estão disponíveis. “O talento de hoje quer saber onde a jornada vai levá-lo. Caso não encontre essa resposta, ele dificilmente continua sua trajetória naquela empresa”, finaliza.