Diploma na mão, carteira de trabalho disputada

13 de novembro de 2018

Escrito por: Fatine Oliveira

Os desafios para pessoa com deficiência sem formação no mercado de trabalho

Tecnologias e especialização são as palavras mais usadas em matérias e vagas de trabalho atualmente. O mundo se conectou através da internet, o conhecimento se aprofundou nas temáticas e a necessidade de profissionais capazes de gerenciar essas demandas aumenta a cada dia. Antigas profissões se veem reestruturadas, são reinventadas para receber o novo, criando desafios diversos para o mercado.

Nessa abertura, surgem os cursos de especialização e novas áreas de ensino nas universidades a fim de reunirem tais novidades em um calendário de dois ou quatro anos de estudo. Com a emergência destas novas realidades, os processos de seleção e a quantidade de vagas são limitados e competitivos, dificultando o acesso para pessoas de baixa renda e, em alguns casos, para pessoas com deficiência.

Estudante com deficiência (Foto: Shutterstock)

Em janeiro de 2018, ocorreu uma mudança na lei de cotas com a finalidade de aumentar o acesso destas pessoas no ensino superior. Pela nova legislação, a quantidade de vagas oferecidas por cotas nas universidades deve ser proporcional à presença desse público no censo de cada estado.

Entretanto, será que estas universidades estariam preparadas para receber estes alunos? A universidade federal de Minas Gerais (UFMG) expôs sua dificuldade em oferecer profissionais qualificados para atender este novo público (mais aqui), mas comprometeu-se em buscar meios para tornar seu acesso adequado. Para tanto, criou um Núcleo de acessibilidade e inclusão (NAI), onde o aluno com deficiência poderia recorrer quando preciso.

Do mesmo modo, outras universidades públicas no país desenvolveram mecanismos não somente para receber estes alunos, como para mantê-los em suas unidades, diminuindo a evasão deste público. Afinal, muitos cancelavam matrículas pelo excesso de impedimentos físico e atitudinal durante o curso. (link)

Em tempos de recessão e incertezas sobre o futuro do nosso país, a formação acadêmica ou técnica tem adquirido uma importância emergente para pessoas com deficiência. As reformas realizadas na previdência e em auxílios concedidos pelo governo trazem um novo contexto financeiro para muitos. Algumas pessoas estão perdendo seus benefícios e encontram-se perdidas sobre como manter seus orçamentos.

É importante salientar a diversidade de casos e razões para levar alguém a recorrer os auxílios concedidos pelo governo. Este não é o objetivo central deste artigo, mas sim apresentar uma opção para aqueles que possuem condições de mudar seu contexto de vida.

Existem pessoas que não se veem merecedoras ou dignas de ingressar em uma faculdade, acreditam em suas crenças de incapacidade e permanecem inertes no lugar comum. Não poderia haver mentira maior.

O ensino, a educação e o acesso ao conhecimento deveria ser para todos. Não pode ser utilizado como exclusividade deste ou daquele grupo. Sabemos que a realidade não é bem

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